segunda-feira, 4 de março de 2013

Fracassar é preciso?

"Semana passada, pela primeira vez, saí em uma matéria de jornal que falava de negócios malsucedidos, que não deram certo e que, simplesmente, fecharam as portas.
Nos EUA esse tipo de história é bastante comum, mas só agora está começando a chamar a atenção das pessoas no Brasil. Lá, fracassar é sinônimo de experiência e está diretamente relacionado às chances de sucesso nos negócios seguintes realizados pelo mesmo empreendedor.
Nunca havia falado sobre isso publicamente, apesar de manter esse histórico no meu perfil profissional. Nunca senti abertura das pessoas para esse tipo de experiência por aqui. Acredito que, em geral, nossa cultura não vê o fracasso com bons olhos, pelo menos não ainda.
No meu caso, comecei a empreender aos 23 anos, seis meses depois de terminar a faculdade. A única certeza que eu tinha era a de que queria empreender e fazer algo relacionado ao mundo infantil. Não sabia o quê exatamente e a primeira oportunidade foi uma loja online de produtos infantis, que começou com apenas uma linha de produtos.
Foram vários meses fazendo vendas e entregas, aprendendo a divulgar produtos online, a emitir nota fiscal, a falar com a contabilidade, a fazer pós-venda, a controlar o fluxo de caixa, a pedir desconto e prazo para fornecedor e outras inúmeras coisas que se aprende quando nada se sabe, quando se começa algo com nenhuma, ou quase nenhuma experiência.
Ao longo desses meses iniciais, um processo interno vai ocorrendo dentro do empreendedor e, além do aprendizado prático do negócio e do seu amadurecimento, ele também vai afinando sua visão de negócio, sua visão de mercado e a sua percepção sobre ser empreendedor. Fechar as portas é uma decisão difícil, mas ela acontece por uma inviabilidade financeira, e/ou porque a visão do empreendedor se transformou. Geralmente é essa nova visão, transformada, que o leva a seguir adiante e a começar um novo projeto.
Foi o que aconteceu comigo. As vendas cresciam, mas não ainda como o esperado e conforme eu estudava sobre as possibilidades do universo infantil, minha visão se ampliava e mais eu sentia que aquele começo deveria ser diferente. Eu precisei que algumas outras portas se abrissem e se firmassem para tomar a decisão de encerrar meu primeiro negócio, mas quando tive a oportunidade, abracei e comecei de novo.
Para mim, o que muda com o fracasso é a postura do empreendedor. A forma como ele se coloca diante da vida e do desafio de começar de novo. Sua postura é totalmente diferente da experiência prévia. Não é apenas a experiência prática de administrar um negócio que conta neste caso. É a nova pessoa, com a visão e a postura renovadas, que fará diferença na nova oportunidade."
Será que mudaremos nossa visão sobre o fracasso no mundo dos negócios no Brasil? (artigo de Natalia Monteiro, originalmente publicado neste link aqui)

Comentário do blog: Às vezes, o que pensamos ser um fracasso, nada mais é do que o início de um grande sucesso, pois nossas perspectivas estarão ampliadas, nossa visão mudou: crescemos. O importante é NÃO DESISTIR. Ir se reinventando ao longo do caminho, cada vez mais e melhor.

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